Com três meses de mandato, o senador Cássio Cunha Lima
(PSDB) já responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Os
processos são anteriores ao mandato do tucano e mudaram de instância porque ele
passou a ter foro privilegiado. As investigações são de supostos crimes eleitorais
e de crimes contra a lei de licitações. Ambos os processos correm em segredo de
Justiça.
O inquérito nº 3388 chegou ao Supremo em 20 de dezembro de
2011 e está sob a relatoria do ministro Cezar Peluso, presidente da corte. Ele
foi movido pelo Ministério Público Eleitoral e além de Cássio Cunha Lima
investiga o vice-governador Rômulo Gouveia (PSD). A investigação apura se os
dois cometeram crimes eleitorais durante as eleições de 2008, quando Rômulo
disputava a prefeitura de Campina Grande e Cássio era o governador da Paraíba.
"O inquérito diz respeito a um evento ocorrido no Hotel
Garden durante as eleições de Campina Grande. Foi movida uma representação que
apontava que não houve prestação de contas desse evento e que servidores teriam
sido liberados do expediente para participar", disse o advogado Luciano
Pires, que representa Cássio no processo. Contudo, ele disse que já constam no
inquérito os documentos que comprovam que não houve irregularidade.
"Houve sim prestação de contas, temos um documento do
hotel, e foi comprovado que o evento aconteceu às 19h, portanto depois do
expediente", completou. O advogado disse ainda que o processo foi movido
em um função de uma representação do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB), que na
época era deputado federal.
Luciano informou que o inquérito estava tramitando na
Polícia Federal de Campina Grande e foi levado para o Supremo apenas porque
Cássio tomou posse antes que ele fosse concluído. "Não esperamos que haja
maiores desdobramentos. No âmbito eleitoral ficou provado que não houve nenhuma
irregularidade, o mesmo vai ocorrer no âmbito penal", acrescentou o
advogado.
O outro inquérito que envolve Cássio é o de nº 3393, no qual
o senador é investigado por crimes de licitações. O processo foi autuado no
último dia 16 de janeiro. Sobre este, o advogado Luciano Pires informou que
ainda não tem detalhes sobre o caso.
"Não posso dar informações, porque ainda não tive
acesso aos autos", disse. O inquérito sobre crimes de licitações foi
movido pelo Ministério Público Federal e tem como relator o ministro Celso de
Melo.
Com Paraibaconfidencial
Nenhum comentário:
Postar um comentário