Idealizado a partir do movimento liderado pelo prefeito de
São Paulo, Gilberto Kassab, o Partido Social Democrático (PSD) foi fundado
simbolicamente durante cerimônia ocorrida em Brasília nesta quarta-feira (13)
para colher assinaturas à ata de criação da nova sigla.
Durante o evento, que durou pouco mais de uma hora, 28
deputados federais, dois senadores, cinco vice-governadores, um governador,
além do próprio Kassab, no total de 37 políticos com mandato, assinaram a ata
como fundadores do PSD. Esse número deve aumentar, uma vez que ata ficará
aberta para assinaturas até o final da tarde desta quarta.
O evento faz parte da primeira etapa exigida pela legislação
eleitoral para a criação de um partido político. A ata deve fundação precisa
ter mais de 100 assinaturas para poder ser registrada em cartório. A partir
disso, os líderes da nova legenda terão de conseguir 500 mil assinaturas de
filiados para obter o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só
então o partido poderá existir.
No evento desta quarta, Kassab afirmou que a intenção dos
líderes do novo partido é concluir a coleta de assinaturas até julho. “Por
enquanto a nossa atuação será técnica [para cumprir as exigências jurídicas da
criação do partido]. Em julho começaremos a atuação política”, disse Kassab.
O prefeito de São Paulo disse que o PSD será “um partido
moderno” e conclamou os colegas a construir um partido “sem patrulhamento” e
sem “camisa de força” de projetos de oposição ou de governo. Kassab disse que o
PSD vai nascer “independente”, sem assumir um lado na política.
“É um partido que nasce com identidade, ideias claras, e com
pessoas que defendem liberdades individuais, liberdade de imprensa, ações
expressivas de saúde e educação. O partido nasce independente, com membros
liberados para votar projetos de acordo com suas convicções”, afirmou Kassab.
Durante a cerimônia, a senadora Kátia Abreu (TO), cotada
para assumir a presidência do novo partido, afirmou que o PSD não será como a
oposição: “Uma empresa de denúncias.”
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS),
compareceu ao evento de fundação do PSD e afirmou que irá trabalhar para
“ajudar a consolidar” a nova sigla e disse que o partido será tratado com
respeito na Casa. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também
compareceu ao encontro.
O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif estimou em
torno de 40 deputados a bancada inicial do PSD. Já no Senado, Afif preferiu
aguardar a conclusão das assinaturas. Kassab falou em “dezenas” de prefeitos e
deputados estaduais filiados ao PSD nos estados.
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