O ministro Joaquim Barbosa, relator do Recurso
Extraordinário de Cássio Cunha Lima (PSDB) no Supremo Tribunal Federal (STF),
decidiu ontem acatar quatro recursos envolvendo a não-aplicação da chamada Lei
da Ficha Limpa nas eleições de 2010 que foram solucionados pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). A defesa do tucano paraibano acredita que, a qualquer
momento, Barbosa também adotará o mesmo procedimento em relação a Cássio.
Foram beneficiados
com as decisões a candidata a deputada federal pelo Amapá Janete Capiberibe (RE
632391), o candidato a deputado estadual no Ceará Francisco das Chagas
Rodrigues Alves (RE 630876), o candidato a deputado federal por Goiás Fabio
Tokarski (RE 630912) e o candidato a deputado estadual no Pará Mário Osvaldo
Corrêa (RE 632244). Todos tiveram seus registros de candidatura indeferidos
pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Nas decisões, o
ministro lembrou que na sessão plenária de 23 de março, ao apreciar situação
análoga à presente – o RE 633703, do candidato a deputado estadual em Minas Gerais Leonídio
Henrique Correa Bouças –, o STF decidiu, “por maioria apertada e em sentido
contrário ao meu voto”, segundo o ministro, pela não aplicação da Lei
Complementar 135/2010 às eleições realizadas em 2010, com fundamento no artigo
16 do texto constitucional.
Pires - Para um dos
advogados de Cássio Cunha Lima - candidato ao Senado mais votado da história da
Paraíba - , Luciano Pires, a decisão de ontem é mais uma forma de tranquilizar
os eleitores paraibanos.
“Essa decisão
demonstra que todos os ministros, como não se poderia pensar diferente,
cumprirão o pensamento da maioria, no sentido de que a Lei Complementar 135 não
se aplica às eleições de 2010. Esta é mais uma decisão que tranquiliza os mais
de um milhão de eleitores do senador Cássio Cunha Lima”, comentou.
Segundo Luciano
Pires, o recurso do tucano ainda não teve resolução, porque está com o
Ministério Público. “O desfecho será o mesmo do recurso da deputada Janete
Capiberibe, até porque envolvem a mesma questão. O que tem retardado a decisão
com relação a Cássio é o fato do processo se encontrar ainda no Ministério
Público, mas já solicitamos ao procurador que devolva os autos”, disse.
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