quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sistema Viário da Capital é discutido na Assembleia Legislativa em sessão conjunta



Abertura de novas vias, construção de viadutos e túneis, implantação de novas modalidades de transporte de massa e, como forma emergencial, a adoção de rodízio de veículos. Estas foram as principais propostas apresentadas na tarde desta quarta-feira (13/04) na Assembleia Legislativa da Paraba, durante sessão especial, realizada conjuntamente com a Câmara Municipal de João Pessoa, para discutir o Sistema Viário da Capital.

O deputado Domiciano Cabral (DEM), autor da propositura no legislativo estadual, defendeu a construção de uma via denominada Rodonel, para interligar os municípios da região metropolitana da Capital, porém desviando o tráfego de automóveis das áreas centrais das cidades que fazem parte da região em questão. “A meu ver, a construção do Rodonel seria a melhor alternativa porque iria resolver não apenas o problema da Capital, mas de toda a região metropolitana”, declarou.

Domiciano Cabral sugeriu também a construção de túneis nos cruzamentos das principais vias da cidade, a exemplo do cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Maranhão, na altura do Bairro dos Estados. “Além de túneis e viadutos, precisamos de novas vias paralelas a algumas avenidas já existentes, como a Tancredo Neves”, acrescentou.

O vereador Geraldo Amorim (PDT) defendeu a adoção de um rodízio de carros em João Pessoa, como alternativa de emergência. Conforme a proposta de Amorim, cada carro, de acordo com o final da placa, deixaria de circular na cidade apenas um dia por semana. Assim, veículos com placas com final 0 e 1 não circulariam na segunda-feira; final 2 e 3, na terça; 4 e 5, na quarta; 6 e 7, na quinta; e, por fim, 8 e 9 na sexta. “Precisamos tomar uma medida urgente. Caso contrário, a cidade vai parar. E, como medida de emergência, não vejo outra opção senão o rodízio”, argumentou.

Os dois parlamentares também advogaram a idéia de adoção de novas modalidades de transporte de massa, como os modernos VLTs (Veículos Leves sob Trilhos). “O ônibus é basicamente o transporte de massa da Capital, e não é eficaz em João Pessoa. Por isso não estimula o cidadão a deixar o carro na garagem”, comentou Geraldo Amorim.

O superintendente da STTRANS, o técnico Newton Andrade, informou que o problema começa fora do país, vez que os países desenvolvidos estão estimulando o consumo nos denominados países emergentes, tais como o Brasil, China e Índia. “Com a facilidade de acesso à compra de automóveis, a tendência é um aumento sem precedentes na frota de veículos do país. E, com isso, o impacto ocorrerá nas grandes cidades”, explicou.

O diretor da Associação de Transporte da Capital, Mário Tourinho, informou que João Pessoa tem uma das frotas mais modernas do país, com sistema de bilheteria eletrônica, mas a cidade ainda carece de infra-estrutura e planejamento, como forma de viabilizar a denominada “mobilidade”na área urbana. “Precisamos de faixas exclusivas para ônibus, por exemplo”, disse.

O superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Lucélio Cartaxo, disse que não existe outra saída senão investimentos em modernos sistemas de transporte de massa, a exemplo do VLT. Mais do que isso, ele adiantou que é projeto do governo federal implantar em breve o sistema de VLT na região metropolitana de João Pessoa. “O VLT será o transporte do futuro. Com certeza, ele minimizar o colapso de trânsito nas grandes cidades, porque é um transporte moderno, rápido e confortável”, assegurou.
 

 

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