Brasília – O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, sofreu
hoje (30) uma série de baixas nas forças militares. Vários oficiais desertaram
das Forças Armadas e pediram apoio à Organização do Tratado do Atlântico Norte
(Otan), em Roma. Desde março, a Otan lidera ataques aéreos na Líbia com o
objetivo de pressionar Khadafi a deixar o poder.
O general Melud Massud Halasa, um dos oficiais que deixaram
de apoiar Khadafi, disse que as Forças Armadas mantêm apenas 20% de seu
efetivo. Segundo ele, no máximo dez generais ainda estão ao lado do líder
líbio. Mahmoud Chammam, um dos porta-vozes do Conselho Nacional de Transição,
disse que os militares dissidentes saíram do país pela Tunísia.
Representantes da Liga Árabe, da União Africana, da
Organização da Conferência Islâmica e da União Europeia tentarão negociar um
acordo com Khadafi para evitar o agravamento da situação no país. O assunto foi
tema hoje de uma reunião no Cairo, comanda pelo secretário-geral da Liga Árabe,
Amr Moussa, e pelo enviado das Nações Unidas à Líbia, Pierre Vimont.
De acordo com o comunicado final do encontro, a solução
política para o conflito líbio deve ser sustentada no estabelecimento de um cessar-fogo
“vinculado ao processo político e por um período de transição que torne
possível ao povo líbio conseguir suas aspirações democráticas e exigências
legítimas”.
Os participantes também destacaram a importância de aplicar
na totalidade as resoluções 1970 e 1973 do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas sobre a Líbia, que impõem sanções e aprovam a intervenção
militar internacional.
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