O deputado Paulo Teixeira (SP), líder da bancada do PT na
Câmara Federal, esteve reunido na manhã de sábado (11) com integrantes do
partido na Paraíba. O encontro, que aconteceu no Hotel Verde Green, bairro de
Manaíra – João Pessoa, teve como pauta principal a Reforma Política.
Compuseram a mesa, ao lado do convidado, o deputado federal
Luiz Couto; Júlio Rafael (superintendente do Sebrae-PB); Francisco Linhares
(secretário de Turismo da Capital); Walter Aguiar (secretário chefe da Casa
Civil no Estado); e Antônio Barbosa (presidente municipal do PT pessoense). O
presidente da legenda no estado participou apenas da abertura.
Paulo Teixeira iniciou o debate lançando um desafio aos
petistas da Paraíba, que é o de trazer Luiz Inácio Lula da Silva para um ato em
prol da Reforma Política. “A presença dele tem consegue aglutinar forças na
defesa dessa grande bandeira, a começar por aqueles que compõem siglas como PSB,
PCdoB, PDT e até o PSOL”, reforçou.
Para o deputado, a igualdade do voto tem sido quebrada pelo
financiamento privado de campanha, que tem afetado boa parte do setor público,
por meio de serviços prestados. “Temos que sair daí para o financiamento público
de campanha, com regras transparentes, pois a discussão de propostas, as
reuniões e os debates se tornaram irrelevantes”, afirmou, acrescentando que
hoje o que funciona é a máquina, é o número de carros de som, de pessoas
profissionalizadas. “Os que querem fazer a discussão das ideias não têm mais
espaço”.
Teixeira ressaltou que população precisa ser educada e
orientada para preservar essa igualdade do voto. Para ele, o sistema do voto
atual é diferenciado porque quem tem bens em abundância deposita o voto e
também dinheiro na conta do candidato de sua preferência, enquanto que o
cidadão comum só tem o voto. “O financiamento público tende a acabar com essa
distância entre um voto e outro, tornando-o, portanto, mais igualitário”.
Outro ponto abordado pelo parlamentar foi com relação à
lista fechada, “o que vai fazer com que ocorra a migração do voto personalista
para o partidário”. “Os militantes escolhem a lista com os nomes e a submete ao
eleitorado, que vai confirmar a lista votando, apertando, por exemplo, o número
13. Entretanto, aquele eleitor que quiser mudar a ordem da lista, porque não
aceita que a pessoa em quem votará está em terceiro e não como o primeiro da
listagem, ele pode modificar a posição. Neste caso, metade das vagas vai para a
modificação da lista. Isto é o que chamamos de proposta de transição. Campanha
só feita pelo partido. Material, tudo devidamente registrado pela legenda para
diminuir custo das campanhas”, explicou.
Paulo Teixeira, que também é membro da comissão da Reforma
Política, citou, ainda, questões que necessitam de aprimoramento como a
participação da mulher na política; número exagerado de partidos; coincidência
das eleições, que não seja na mesma data, mas no mesmo ano; instrumentos de
democracia direta – referendo/plebiscito e iniciativa de lei digital – para
debater sobre privatizações e outras matérias polêmicas; data de posse; e
suplência de senador. A igreja, CUT, OAB e todos os movimentos sociais estão
por dentro da temática dessa reforma. “O PT no estado não pode ficar de fora”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário