Para a presidenta Dilma, a construção
significa a geração de empregos de qualidade para a população. “São 56
mil toneladas de aço, mas o que deve nos admirar é que foram braços
brasileiros que construíram esta plataforma. O que o Brasil pode
produzir será produzido no Brasil. Temos capacidade para isso. Queremos
que se produza cada peça no Brasil”, destacou.
O presidente Gabrielli reafirmou o
compromisso da diretoria de produzir 28 sondas no Brasil. “Nunca
produzimos esses equipamentos. Serão sete em Pernambuco.
Dentre as outras 21, com certeza algumas serão aqui”, previu. “Vamos
promover a criação de estaleiros e estimular a diversificação das
atividades”, completou Gabrielli.
A plataforma tem como madrinha a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).
Estiveram presentes os diretores da Petrobras nas áreas de Exploração e
Produção, Guilherme Estrella, de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, de
Gás e Energia, Graça Foster, o diretor interino de Serviços, Roberto
Gonçalves, o diretor interino da Área Internacional, Fernando Cunha, e
os presidentes da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, da
Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto e da Transpetro, Sergio
Machado.
Em coletiva prévia realizada nesta
quinta-feira (2/6), no edifício sede da Petrobras, o gerente de
Implementação de Empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro,
ressaltou que a P-56 será a quinta unidade na região de Marlim Sul e
destacou o crescimento do conteúdo local na construção das novas
plataformas: ” Tivemos quatro canteiros de obras no estado do Rio de
Janeiro. Toda a P-56 foi construída no Brasil, inclusive o casco “.
Segundo o gerente do Ativo de Marlim
Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, após o batismo, a P-56 será transportada
para a Ilha de Bananal, próxima à Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde
passará por alguns testes antes de chegar ao campo de Marlim Sul. Também
participaram da coletiva o coordenador do Projeto do Módulo 3 de Marlim
Sul, Rodrigo Volpato e o secretário de obras do Estado do Rio de
Janeiro, Hudson Braga.
A P-56 é uma unidade do tipo
semissubmersível e ficará ancorada em local onde a profundidade é de
1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de
petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova
unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasileira, uma vez
que consolida a capacidade do país de construir plataformas desse porte
em seu território. A construção da P-56 alcançou o conteúdo nacional de
72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco
totalmente construído no Brasil, demonstrando o fortalecimento da
indústria local a partir das encomendas da Petrobras.
O contrato de construção da plataforma
foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio
integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Para construí-la foram
investidos aproximadamente US$ 1,5 bilhão e a obra gerou 4 mil empregos
diretos e 12 mil indiretos no país. A partir de junho, ela terá sua
construção finalizada e passará pela etapa de testes e ajustes finais na
Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis, e depois será rebocada até a
Bacia de Campos para ancoragem e interligação de poços. O início da
produção no Campo de Marlim Sul está previsto para agosto.
Construção modular
Construída de forma modular, a P-56 é
composta pelo deckbox (base do convés), casco e módulos. A empresa
Kepppel FELS construiu, no estaleiro BrasFELS, os quatro módulos de
processos e de utilidades. Já os dois módulos de geração foram
construídos pela Rolls Royce, em parceria com a UTC Engenharia, no
canteiro desta empresa, em Niterói. Os dois módulos de compressão foram
construídos pela Nuovo Pignone (General Eletric), no canteiro Porto Novo
Rio, no Rio de Janeiro (RJ). O deckbox também foi construído no
BrasFELS, onde foi feita a integração dos módulos. Depois da integração,
o conjunto passa a ser chamado de topside.
O casco da nova plataforma é 100%
brasileiro. Ele foi construído no BrasFELS e resultou da união dos
blocos de aço fabricados pelo próprio estaleiro e pela Nuclep, em
Itaguaí. A união do casco com o topside, processo chamado de deck
mating, uma das atividades mais complexas, ocorreu sem qualquer
imprevisto, em outubro de 2010.
Dados da P-56
Localização: Campo de Marlim Sul, a 120 km da costa;
Produção de petróleo: 100 mil barris de petróleo por dia;
Compressão de gás: 6 milhões de m3 por dia;
Geração elétrica: 100 MW;
Profundidade de ancoragem: 1.670 m;
Compr. 125 m Larg. 110 m Alt. 137m;
Acomodações: 200 pessoas;
Peso Total: 54.658 ton;
Poços produtores: 10;
Poços injetores:11;
Risers: 79;
Escoamento de petróleo: oleoduto p/ P-38 (aprox. 20 km);
Escoamento de gás natural: gasoduto p/ P-51 (aprox.15 km)
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