segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Escândalos não ameaçam relação entre Planalto e aliados no Congresso, diz especialista


Dependentes do governo, partidos da base não devem “colocar fogo no circo”
    Dilma ao lado de Michel Temer e de Ideli, na reunião do Conselho Político: crises incomodam, mas não afastam aliados


Os sucessivos escândalos no governo – resultando, por vezes, no afastamento de apadrinhados de partidos aliados ao Palácio do Planalto – não devem ameaçar a maioria governista no Congresso, na avaliação do cientista político Fábio Wanderley Reis, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Reis considera que a prioridade dos partidos fisiológicos que compõem a base da presidente Dilma Rousseff é manter-se no governo, para usufruir o máximo possível de benesses como cargos e liberação de emendas parlamentares.

- Esses partidos, em última análise, não vão colocar fogo no circo.

O cenário mais provável para os próximos anos do governo Dilma, na análise do cientista político, é um arranjo "precário e instável" entre Executivo e Legislativo.

- Essa é a aposta mais provável, tendo em vista o ânimo briguento da presidente.

Para o especialista, os partidos da base aliada dependem, em parte, do sucesso do governo.

- Em grande medida, a manutenção desses partidos na base cabe à própria presidente. Dada sua natureza fisiológica, sobretudo o PMDB, eles não têm nada a ganhar afastando-se do governo. A não ser, é claro, que isso lhes seja imposto.


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