segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PT quer consenso entre pré-candidatos em SP, diz líder


Presidente do PT ainda reconheceu que apoio de Lula tem “muito peso” na disputa

  

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reconheceu nesta segunda-feira (15) que o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem "muito peso" na disputa à Prefeitura de São Paulo, e ressaltou que o primeiro passo do partido será tentar um acordo entre os pré-candidatos.

A defesa de um consenso que evite a realização de prévias tem sido feita por aliados de Lula, favoráveis ao lançamento na disputa municipal do ministro da Educação, Fernando Haddad.

- O primeiro passo é buscar um acordo entre os candidatos e, se esse acordo não for consumado, tradicionalmente se realizam prévias no PT.

Falcão participou hoje de uma reunião que tinha como objetivo estabelecer as bases para a criação do Instituto Lula.

- Se não houver acordo, o caminho do PT sempre é fazer uma escolha democrática.

O ex-presidente tem trabalhado nos últimos meses em torno da candidatura de Haddad, que já conta com o apoio de prefeitos e intelectuais de São Paulo. O pré-candidato de Lula, contudo, ainda encontra resistência em algumas alas do partido, que consideram que falta ao ministro experiência e traquejo político.

A senadora Marta Suplicy, que já foi prefeita da cidade, tem defendido que seu nome é "natural" para a disputa em 2012 na capital paulista e já declarou que os petistas podem perder a corrida eleitoral caso apresente um novo nome.

Falcão observou que o ex-presidente dará seu apoio independentemente do candidato que for escolhido em São Paulo.

- Ele sempre respeitou a decisão do partido e, se o caminho for o das prévias, certamente o nome escolhido terá o seu apoio.

Operação da PF

O presidente do PT engrossou a lista dos que criticaram a maneira como foram expostas as fotos dos suspeitos presos na Operação Voucher, da PF (Polícia Federal), deflagrada na semana passada no Ministério do Turismo. Um dos detidos foi o ex-chefe de gabinete de Marta Suplicy, Mário Moyses, durante a gestão dela na Prefeitura de São Paulo.

- Eu vi uma manipulação, inclusive estamos nos solidarizando com Mário Moyses, pois nada se comprovou contra ele. É uma abjeção o que fizeram, inclusive o expondo publicamente por meio de fotos.

Ele também saiu em defesa da senadora Marta Suplicy, cuja prisão de seu ex-chefe de gabinete tem sido apontada por algumas lideranças petistas como empecilho à sua candidatura à prefeitura da capital paulista.

- A ex-prefeita não está denunciada, não tem nada a ver com isso, simplesmente uma manipulação.


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