Grupo colocou na web 8 gigabytes de documentos sigilosos
Após uma série de pequenas invasões a sites do governo, o
grupo hacker LulzSecBrazil colocou na web um diretório com 8 gigabytes (GB) de
documentos da Operação Satiagraha. São fotos, áudios, vídeos e relatórios
reunidos pela Polícia Federal durante as investigações, em 2008.
- Encontramos ", O porta-voz do grupo, conhecido como
Bile Day, explicou à reportagem que encontrou os arquivos "em servidores
abertos.
- Não posso revelar a técnica que usamos, mas em geral nos
servidores há vários tipos de falhas, como erros nas páginas do site, portas de
serviços abertas e senhas fracas.
Os documentos da operação, porém, já haviam sido publicados
em partes em outros sites e supostamente estariam em um pen drive do próprio
delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PC do B.
Pedro Markun, ativista da web e criador da comunidade online
Transparência Hacker, disse que foi um "vazamento de informação
clássico".
A operação brasileira ocorreu pouco depois de o grupo hacker
estrangeiro AntiSec divulgar 10 GB de dados confidenciais do FBI (polícia
secreta americana). A ação foi uma retaliação à prisão pelos federais
americanos de Jake Davis, conhecido como Topiary, jovem de 18 anos que cuidava
da comunicação do grupo LulzSec no mundo. Segundo Bile Day, o ataque no Brasil
foi coordenado com os grupos estrangeiros.
A Satiagraha, deflagrada em julho de 2008 pela Polícia
Federal, tinha como alvo o banqueiro Daniel Dantas, suspeito de cometer crimes
financeiros. Foi uma das mais espetaculares operações da PF, sob ordens do
delegado Protógenes Queiroz.
A ação provocou embate entre o juiz Fausto De Sanctis, que
mandou prender Dantas, e o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo
Tribunal Federal, que mandou soltar. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça
anulou a investigação porque arapongas da Agência Brasileira de Inteligência
haviam participado dos trabalhos.
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