quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Hackers publicam documentos da Operação Satiagraha


Grupo colocou na web 8 gigabytes de documentos sigilosos
    
Após uma série de pequenas invasões a sites do governo, o grupo hacker LulzSecBrazil colocou na web um diretório com 8 gigabytes (GB) de documentos da Operação Satiagraha. São fotos, áudios, vídeos e relatórios reunidos pela Polícia Federal durante as investigações, em 2008.

- Encontramos ", O porta-voz do grupo, conhecido como Bile Day, explicou à reportagem que encontrou os arquivos "em servidores abertos.

- Não posso revelar a técnica que usamos, mas em geral nos servidores há vários tipos de falhas, como erros nas páginas do site, portas de serviços abertas e senhas fracas.

Os documentos da operação, porém, já haviam sido publicados em partes em outros sites e supostamente estariam em um pen drive do próprio delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado pelo PC do B.

Pedro Markun, ativista da web e criador da comunidade online Transparência Hacker, disse que foi um "vazamento de informação clássico".

A operação brasileira ocorreu pouco depois de o grupo hacker estrangeiro AntiSec divulgar 10 GB de dados confidenciais do FBI (polícia secreta americana). A ação foi uma retaliação à prisão pelos federais americanos de Jake Davis, conhecido como Topiary, jovem de 18 anos que cuidava da comunicação do grupo LulzSec no mundo. Segundo Bile Day, o ataque no Brasil foi coordenado com os grupos estrangeiros.

A Satiagraha, deflagrada em julho de 2008 pela Polícia Federal, tinha como alvo o banqueiro Daniel Dantas, suspeito de cometer crimes financeiros. Foi uma das mais espetaculares operações da PF, sob ordens do delegado Protógenes Queiroz.

A ação provocou embate entre o juiz Fausto De Sanctis, que mandou prender Dantas, e o ministro Gilmar Mendes, então presidente do Supremo Tribunal Federal, que mandou soltar. Em junho, o Superior Tribunal de Justiça anulou a investigação porque arapongas da Agência Brasileira de Inteligência haviam participado dos trabalhos.


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