POSTADO POR ADMIN, EM 6TH OUTUBRO, 2011
Dora Kramer, a segunda dama do PIG, não é como Merval
Pereira, um mosca morta em se tratando de dar palmadas no seu partido, o PSDB,
e perde a linha mesmo de vez em quando! Chuta o balde com toda aquela educação
que Deus lhe deu! Ou seja, quase nenhuma. Mas, que todos lembrem, ela só
procede assim quando acha que os tucanos não estão agindo direitinho e,
portanto, estão contribuindo para a permanência do PT no poder. Vejam como ela
confessa, sutilmente, esta irritação com as sucessivas derrotas eleitorais em
trecho do seu artigo intitulado “Clube da luta”, publicado no jornal O Estado
de S. Paulo ontem, dia 05/10/2011:
As lideranças alimentam o clima interno de tensão sempre
culpando o grupo rival por fazê-lo, sem coragem de explicitar nem de resolver
as divergências.
Quando explode em público a discordância, improvisa-se uma
cenografia qualquer para simular convergência, acumulando conflitos não
resolvidos, que resultam na falta de unidade nas campanhas eleitorais
importantes. Nelas há sempre um grupo a solapar o outro, o que se não acaba em
derrota produz revanche.
Vem sendo assim desde a fundação, mas foi a partir de 2002
que a paralisia do PSDB em função dos ódios internos se tornou visível a olho
nu.
De qualquer maneira, feitas as devidas ressalvas, não deixa
de ser divertido ver Dorinha metendo o cacete nos amigos, não é mesmo? Sim, tem
muito mais do que o já transcrito acima! É claro, nada tão popular quanto o
nosso folclórico Coronel Coturno Noturno dizendo que os tucanos são um “bando
de cagões”!!! Mas tem coisas interessantes! Apreciem com moderação alguns
trechos!
O mais recente charivari entre tucanos, envolvendo a
exclusão do ex-governador José Serra e do senador Aloysio Nunes do programa de
TV do PSDB paulista, seria só mais uma escaramuça entre correligionários não
fosse também uma perfeita tradução da incapacidade do partido de se acertar
internamente e tocar a vida em frente.
Tucanos não conversam com tucanos a não ser que pertençam ao
mesmo grupo de afinidades eleitorais, enquanto a direção do partido só se
manifesta para dizer que vai tudo bem enquanto as evidências mostram como tudo
vai mal.
Vivem de subterfúgios, troca de ironias, gestuais minúsculos
e atos isolados em prol deste ou daquele interesse sem que haja qualquer
formulação estratégica que indique à sociedade que por trás da sigla exista um
partido.
O PSDB hoje é uma confederação de emburrados sem rumo, cuja
principal ocupação é dar vazão a ressentimentos mútuos por intermédio de atos e
palavras que não se conectam entre si.
Nada tem lógica ali: a atuação dos governadores não se
comunica com a ação das bancadas no Congresso, que por sua vez não conseguem
estabelecer uma conduta que transmita minimamente uma noção de conjunto.
Dorinha, como era inevitável, estas interessantes
observações de sua parte sobre o PSDB e seus integrantes passam a fazer parte
do ‘saco de maldades’ do Pentelhão para aquele tradicional e desavergonhado uso
futuro sempre que necessário.
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