sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dora Kramer, irritada com as sucessivas derrotas, perde a linha e diz que o PSDB é uma “confederação de emburrados” e está sem noção de conjunto!!! Cruzes!!! Será que é isso mesmo???


POSTADO POR ADMIN, EM 6TH OUTUBRO, 2011
Dora Kramer, a segunda dama do PIG, não é como Merval Pereira, um mosca morta em se tratando de dar palmadas no seu partido, o PSDB, e perde a linha mesmo de vez em quando! Chuta o balde com toda aquela educação que Deus lhe deu! Ou seja, quase nenhuma. Mas, que todos lembrem, ela só procede assim quando acha que os tucanos não estão agindo direitinho e, portanto, estão contribuindo para a permanência do PT no poder. Vejam como ela confessa, sutilmente, esta irritação com as sucessivas derrotas eleitorais em trecho do seu artigo intitulado “Clube da luta”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo ontem, dia 05/10/2011:


As lideranças alimentam o clima interno de tensão sempre culpando o grupo rival por fazê-lo, sem coragem de explicitar nem de resolver as divergências.

Quando explode em público a discordância, improvisa-se uma cenografia qualquer para simular convergência, acumulando conflitos não resolvidos, que resultam na falta de unidade nas campanhas eleitorais importantes. Nelas há sempre um grupo a solapar o outro, o que se não acaba em derrota produz revanche.

Vem sendo assim desde a fundação, mas foi a partir de 2002 que a paralisia do PSDB em função dos ódios internos se tornou visível a olho nu.

De qualquer maneira, feitas as devidas ressalvas, não deixa de ser divertido ver Dorinha metendo o cacete nos amigos, não é mesmo? Sim, tem muito mais do que o já transcrito acima! É claro, nada tão popular quanto o nosso folclórico Coronel Coturno Noturno dizendo que os tucanos são um “bando de cagões”!!! Mas tem coisas interessantes! Apreciem com moderação alguns trechos!

O mais recente charivari entre tucanos, envolvendo a exclusão do ex-governador José Serra e do senador Aloysio Nunes do programa de TV do PSDB paulista, seria só mais uma escaramuça entre correligionários não fosse também uma perfeita tradução da incapacidade do partido de se acertar internamente e tocar a vida em frente.
Tucanos não conversam com tucanos a não ser que pertençam ao mesmo grupo de afinidades eleitorais, enquanto a direção do partido só se manifesta para dizer que vai tudo bem enquanto as evidências mostram como tudo vai mal.
Vivem de subterfúgios, troca de ironias, gestuais minúsculos e atos isolados em prol deste ou daquele interesse sem que haja qualquer formulação estratégica que indique à sociedade que por trás da sigla exista um partido.
O PSDB hoje é uma confederação de emburrados sem rumo, cuja principal ocupação é dar vazão a ressentimentos mútuos por intermédio de atos e palavras que não se conectam entre si.
Nada tem lógica ali: a atuação dos governadores não se comunica com a ação das bancadas no Congresso, que por sua vez não conseguem estabelecer uma conduta que transmita minimamente uma noção de conjunto.
Dorinha, como era inevitável, estas interessantes observações de sua parte sobre o PSDB e seus integrantes passam a fazer parte do ‘saco de maldades’ do Pentelhão para aquele tradicional e desavergonhado uso futuro sempre que necessário.



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