Apesar
das dificuldades que está encontrando para administrar um estado falido
e endividado, o governador Ricardo Coutinho (PSB), já conseguiu, em
poucos dias, fazer o que nenhum dos seus antecessores teve coragem de
fazer: combater a corrupção da Imprensa paraibana, especialmente o
assédio insaciável do Sistema Correio de Comunicação.
Graças
à ação determinada e corajosa do jornalista Nonato Bandeira à frente da
Secretaria de Comunicação, o submundo a Imprensa local está sendo
desvendado e a população tomando conhecimento de que os formadores de
opinião – em sua grande maioria - são tão ou mais corruptos que os
políticos que denunciam.
O
secretário revelou, recentemente, que pelo menos 35 profissionais de
Imprensa do Sistema Correio eram pagos com dinheiro público. Isto sem
falar na “gorda” fatia publicitária que o conglomerado sempre teve no
Governo do Estado, especialmente nas gestões do ex-governador José
Maranhão.
A
nossa reportagem obteve a informação de que o Sistema Correio tinha uma
receita de cerca R$ 80 a 90 mil por mês – totalizando cerca de R$ 1
milhão por ano – em gratificações do Governo do Estado para pagar esses
profissionais. Soubemos também que o empresário Roberto Cavalcanti,
proprietário do Correio, teria encaminhado a mesma lista para o atual
governo e que a mesma teria sido recusada.
Nesta
quinta-feira Nonato fez mais uma revelação bombástica: a de que o
jornal A União – do Governo do Estado – teria 57 colunistas pagos com
dinheiro público. O que o secretário não disse (por uma questão de
ética e elegância) é que esses mesmo profissionais, em sua quase
totalidade, nunca passam sequer na porta do jornal e que trabalham em
outras empresas de comunicação, especialmente o Correio. Muitas deles
também “mamam” nas tetas de prefeituras e gabinetes de políticos e
empresários.
“O
jornal tinha mais colunistas do que o New York Times”, ironizou o
secretário, lembrando que o objetivo e o propósito de A União, a partir
de agora é “mostrar competitividade. Caso contrário é melhor fechar”.
Por essas e outras é que chamam a Imprensa de Quarto Poder. A da Paraíba, às vezes, é o primeiro: em politicagem e corrupção.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Nonato Bandeira diz, A União tinha mais colunistas do que o New York Times
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