sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nonato Bandeira diz, A União tinha mais colunistas do que o New York Times




Apesar das dificuldades que está encontrando para administrar um estado falido e endividado, o governador Ricardo Coutinho (PSB), já conseguiu, em poucos dias, fazer o que nenhum dos seus antecessores teve coragem de fazer: combater a corrupção da Imprensa paraibana, especialmente o assédio insaciável do Sistema Correio de Comunicação.
Graças à ação determinada e corajosa do jornalista Nonato Bandeira à frente da Secretaria de Comunicação, o submundo a Imprensa local está sendo desvendado e a população tomando conhecimento de que os formadores de opinião – em sua grande maioria - são tão ou mais corruptos que os políticos que denunciam.
O secretário revelou, recentemente, que pelo menos 35 profissionais de Imprensa do Sistema Correio eram pagos com dinheiro público. Isto sem falar na “gorda” fatia publicitária que o conglomerado sempre teve no Governo do Estado, especialmente nas gestões do ex-governador José Maranhão.
A nossa reportagem obteve a informação de que o Sistema Correio tinha uma receita de cerca R$ 80 a 90 mil por mês – totalizando cerca de R$ 1 milhão por ano – em gratificações do Governo do Estado para pagar esses profissionais. Soubemos também que o empresário Roberto Cavalcanti, proprietário do Correio, teria encaminhado a mesma lista para o atual governo e que a mesma teria sido recusada.
Nesta quinta-feira Nonato fez mais uma revelação bombástica: a de que o jornal A União – do Governo do Estado – teria 57 colunistas pagos com dinheiro público. O que o secretário não disse (por uma questão de ética e elegância) é que esses mesmo profissionais, em sua quase totalidade, nunca passam sequer na porta do jornal e que trabalham em outras empresas de comunicação, especialmente o Correio. Muitas deles também “mamam” nas tetas de prefeituras e gabinetes de políticos e empresários.
“O jornal tinha mais colunistas do que o New York Times”, ironizou o secretário, lembrando que o objetivo e o propósito de A União, a partir de agora é “mostrar competitividade. Caso contrário é melhor fechar”.
Por essas e outras é que chamam a Imprensa de Quarto Poder. A da Paraíba, às vezes, é o primeiro: em politicagem e corrupção.

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