O bloco arranjado pelo PT é formado por PSB, PC do B, PR, PRB e PDT. Com a união, os senadores petistas ganham força para disputar as comissões mais importantes. Além disso, o critério baseado nas legendas separadamente abre espaço para o PSDB, que pode estragar os planos petistas de ter a presidência da Comissão de Infraestrutura.
Humberto Costa explica que os partidos que formam o bloco ao lado dos petistas não teram presidências de comissões.
- O nosso partido sofre um prejuízo enorme porque nós vamos fazer escolhas e opções bem mais à frente do que se a nossa escolha for por intermédio do bloco. Além disso, partidos que compõem o nosso bloco não terão presidências das comissões.
Com ou sem o bloco, o PT tem direito a indicar o presidente de quatro comissões. O que muda é a ordem dessa seleção, uma vez que as comissões de maior destaque são as primeiras a serem escolhidas. Como segundo maior partido da Casa, os petistas já têm garantida a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
- Nós vamos manifestar essa nova insatisfação e nossa não-aceitação da adoção desse novo critério. [...] Essa mudança inviabiliza uma estrutura que existe inclusive por razões políticas, que é o bloco.
Mesmo diante da indisposição entre PT e PMDB, Costa nega que seu partido ameace a candidatura à reeleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência do Senado.
- Não cogitamos essa possibilidade, até porque esse é um problema tão simples de resolver que eu acho que o PMDB não vai querer criar uma crise
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