segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Êita Paraiba Boa.

Prefeito de Mari diz que confiança pesou muito para escolher mulher e dois filhos como secretários municipais

Gestor lembra que ex-prefeito também fazia a mesma coisa na cidade

O prefeito de Mari, Antônio Gomes (PSDB), encaminhou nota de esclarecimento ao MaisPB na noite deste domingo, em resposta a denúncia de nepotismo na Prefeitura. Ele negou haver nepotismo em sua gestão, devido à nomeação de sua esposa para a Secretaria da Ação Social, de um filho para a Secretaria da Administração, e de sua filha para a Secretaria da Educação.

“A súmula 13, editada pelo Supremo Tribunal Federal para proibir o nepotismo, não atinge os cargos de ministro, de secretário estadual e de secretário municipal, em razão de possuírem natureza política”, explicou.

De acordo com o prefeito, a nomeação de sua esposa ocorreu desde o início do mandato. “É tradição, na Paraíba, a primeira dama cuidar dessa área”, argumentou. Quanto aos dois filhos, Antônio Gomes disse que a confiança pesou em suas nomeações. “Eles, depois de um ano e meio de meu mandato, passaram a ocupar cargos que antes estavam nas mãos de gente que vinha boicotando a administração”, afirmou.

O prefeito rompeu com o antecessor, Marcos Martins, em meados de 2010. Marcos era secretário da Administração e tinha dois irmãos ocupando secretarias (Wanderley Martins, nas Finanças, e Margareth Martins, na Saúde). Além dos três, deixou a prefeitura o professor José Otávio, à frente da Educação desde 2001, quando Marcos Martins assumiu o primeiro mandato.

Antônio Gomes atribuiu as denúncias ao ex-prefeito. “Ele hoje comanda a Oposição, mas sem autoridade para questionar nomeações, pois durante oito anos, como prefeito, manteve a mãe na chefia de gabinete, um irmão na Secretaria das Finanças e uma irmã na Secretaria da Saúde, sem se falar nos demais parentes”, declarou.

Conforme o atual do prefeito, o pai de Marcos, o vereador José Martins, presidiu a Câmara Municipal por quatro anos, quando o filho estava no poder, e por mais dois, já na gestão de Antônio Gomes, quando ainda eram aliados. “O pai preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais há mais de 40 anos. Na prefeitura, toda a família tinha emprego, e ainda impuseram a permanência na minha gestão”, revelou.

Para o prefeito, o antecessor queria mandar na prefeitura. “Como não deixei, ele e alguns aliados passaram, dentro da administração, a conspirar contra o nosso sucesso. Por isso, os exonerei”.

O incômodo da Oposição, de acordo com ele, é com os resultados que a gestão vem alcançando nos últimos meses. “Minha filha, na Educação, tem tido um bom desempenho, porque trabalha em favor da cidade, ao invés de boicotar, e zela pelo dinheiro do povo”, afirmou.


MaisPB

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