Paulo Bernardo foi acusado de viajar em avião oferecido por
construtora
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu
nesta segunda-feira (12) não investigar o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo, acusado de ter viajado em avião da Construtora Sanches Tripoloni, do
Paraná, em 2009 e 2010.
Nessa época, Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do
governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Sepúlveda
Pertence, presidente da comissão, a decisão de arquivar a investigação se deu
por falta de provas contra o ministro.
- Não só há o desmentido formal do ministro de que jamais
utilizou aviões daquela empresa, como da própria empresa.
A comissão também considerou que não há motivos para
investigar o ministro pelo uso de um jato particular para participar do
lançamento de um programa do governo federal em Guarapuava, no Paraná.
Aceitar carona ou se beneficiar de privilégios em função do
cargo não é admissível pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal.
Paulo Bernardo explicou à comissão que o avião foi providenciado pela
prefeitura interessada na presença dele no evento.
Além do caso envolvendo o ministro Paulo Bernardo, a
comissão, que se reuniu hoje, também analisou o pedido apresentado pelo PSDB
para investigar o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Segundo reportagem da revista Veja, os dois se reuniram com
o ex-deputado José Dirceu em um hotel de Brasília. Para pertence, porém, foram
encontros privados.
- Se decidiu pelo arquivamento porque o que se tem é uma
visita de dois cidadãos a outro cidadão.
Sepúlveda Pertence disse ainda que a comissão decidiu
analisar a auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) que aponta desvios
de R$ 682 milhões em obras do Ministério dos Transportes.
O objetivo, de acordo com o presidente da comissão, é apurar
desvios e superfaturamentos apontados pela auditoria em obras do Dnit
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), à época comandado por
Luiz Antonio Pagot.
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