terça-feira, 13 de setembro de 2011

Comissão de Ética da Presidência se nega a investigar ministro das Comunicações


Paulo Bernardo foi acusado de viajar em avião oferecido por construtora

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira (12) não investigar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acusado de ter viajado em avião da Construtora Sanches Tripoloni, do Paraná, em 2009 e 2010.

Nessa época, Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com Sepúlveda Pertence, presidente da comissão, a decisão de arquivar a investigação se deu por falta de provas contra o ministro.

- Não só há o desmentido formal do ministro de que jamais utilizou aviões daquela empresa, como da própria empresa.

A comissão também considerou que não há motivos para investigar o ministro pelo uso de um jato particular para participar do lançamento de um programa do governo federal em Guarapuava, no Paraná.

Aceitar carona ou se beneficiar de privilégios em função do cargo não é admissível pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal. Paulo Bernardo explicou à comissão que o avião foi providenciado pela prefeitura interessada na presença dele no evento.

Além do caso envolvendo o ministro Paulo Bernardo, a comissão, que se reuniu hoje, também analisou o pedido apresentado pelo PSDB para investigar o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Segundo reportagem da revista Veja, os dois se reuniram com o ex-deputado José Dirceu em um hotel de Brasília. Para pertence, porém, foram encontros privados.

- Se decidiu pelo arquivamento porque o que se tem é uma visita de dois cidadãos a outro cidadão.

Sepúlveda Pertence disse ainda que a comissão decidiu analisar a auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) que aponta desvios de R$ 682 milhões em obras do Ministério dos Transportes.

O objetivo, de acordo com o presidente da comissão, é apurar desvios e superfaturamentos apontados pela auditoria em obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), à época comandado por Luiz Antonio Pagot.

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