Enquanto a maior parte do planeta se posiciona em defesa dos
direitos de um povo, Obama encabeça campanha pelo retrocesso
Uma “distração” que não resolveria o problema. Foi assim que
o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se referiu à campanha pelo
reconhecimento do Estado Palestino na
ONU (Organização das Nações Unidas). Em entrevista a jornalistas latinos na
Casa Branca, o presidente norteamericano confirmou que seu país se “oporia
fortemente” à pretensão palestina.
“Essa questão só será resolvida se israelenses e palestinos
chegarem a um acordo”, disse Obama. “O que acontece em Nova York pode chamar
muita atenção da imprensa, mas não vai mudar o que está acontecendo lá”. As
informações são da agência France Press.
A declaração de Obama —que confirma a antipatia americana à
proposta como já vinha sendo dito por assessores do presidente— ocorre logo
após a Rússia adiantar que apoiará irrestritamente a proposta de filiação da
Palestina às Nações Unidas. A expectativa é que Mahmoud Abbas, presidente da
Autoridade Nacional Palestina, leve o pleito à Assembleia Geral da ONU no
próximo dia 23 de setembro.
Obama, por outro lado, reconheceu que os palestinos tem
chances de êxito se levarem à discussão para o voto dos 193 membros da
organização —os EUA já ameaçaram vetar a proposta se ela fosse discutida no
Conselho de Segurança. “Nós somos apenas um voto na Assembleia Geral.
Claramente há vários países prontos a apoiar os palestinos, dependendo da
resolução”, afirmou Obama.
O presidente norteamericano também condenou a possibilidade
de Israel aplicar retaliações econômicas ou territoriais aos palestinos na
Cisjordânia ou em Gaza por conta da campanha na ONU. “Isso só prejudicaria, não
ajudaria Israel”.
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