Os bancários vão reivindicar um reajuste de 12,8% em sua
campanha salarial deste ano. O percentual foi definido hoje (31), na plenária
final da 13ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada na capital paulista.
Do reajuste, 7,5% são referentes à reposição da inflação acumulada em um ano e
o restante, ao aumento real das remunerações.
Neste fim de semana, 695 representantes de sindicatos de
bancários de todo país estiveram reunidos para discutir o reajuste. Eles
definiram a pauta de reivindicações da categoria que será apresentada à
Federação Nacional de Bancos (Fenaban) no próximo dia 12.
Além do reajuste salarial, os bancários pedem o aumento do
valor de benefícios e do percentual da participação nos lucros dos bancos a que
eles têm direito. A categoria vai negociar também a redução da rotatividade no
setor financeiro e o fim do assédio moral.
“Queremos o fim das metas abusivas”, afirmou a presidenta do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, uma
das coordenadoras da campanha da categoria. “Também queremos negociar as
demissões. Tem banco demitindo funcionário e contratando outro com salário
menor só para cortar custos.”
Juvandia Moreira disse ainda que os bancários querem
discutir com os patrões a forma como a rede de bancos está sendo ampliada no
país. Segundo ela, grande parte do crescimento da quantidade de postos de
atendimento se dá via correspondentes bancários. Contudo, os trabalhadores
querem a abertura de mais agências próprias.
“Só com agência podemos fazer a verdadeira inclusão bancária
da população do país”, disse ela. “No Norte e Nordeste, metade da população não
tem conta bancária ainda.”
A data-base dos bancários é 1º de setembro. Até lá, os
sindicalistas esperam já ter chegado a um acordo sobre todos os pontos incluídos
na pauta fechada neste domingo. As negociações afetarão as condições de
trabalho de 483 mil funcionários dos bancos.
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