A oposição prepara uma ofensiva contra o governo na volta do
recesso do Congresso diante de novas denúncias de corrupção, que atingem o
Ministério da Agricultura e a ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Além de investir na coleta de assinaturas para a instalação
de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar um suposto esquema
de propinas nos Transportes, comandado por quadros do PR, o PSDB do Senado
pretende protocolar ainda nesta segunda-feira (1º) requerimentos de convocação
dos envolvidos em denúncias.
Segundo o PSDB, os requerimentos referem-se ao ministro da
Agricultura, Wagner Rossi, o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio
Passos, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o diretor da Agência
Nacional de Petróleo, Haroldo Lima.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e o
presidente do Incra, Celso Lacerda, também serão alvos de requerimentos.
Rossi, que é do PMDB, foi acusado pelo ex-diretor financeiro
da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto, irmão do líder
do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de oferecer propina em troca de silêncio
sobre casos de fraude e corrupção no órgão, segundo edição desta semana da
revista Veja.
Em nota, o ministério negou as acusações. Jucá Neto foi
demitido da Conab ma semana passada após ser alvo de denúncias.
Acusações de cobrança de propina também atingiram a ANP e o
Ministério das Cidades, controlado pelo PP, que divulgou nota rejeitando as
acusações. Já no Ministério do Desenvolvimento Agrário, foram apontadas
irregularidades na venda de terras.
O PSDB informou já ter 23 assinaturas, das 27 necessárias
para instalar a CPI dos Transportes. Ele não descarta que parlamentares da base
do governo apoiem a criação da comissão.
Os tucanos disseram acreditar na adesão de membros do PR,
descontentes com a saída de membros da legenda de cargos do governo em meio às
denúncias no Ministério dos Transportes.
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