Nas reuniões com dirigentes estaduais e municipais do PMDB
Brasil afora, o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO),
insiste em dizer que todos devem estar preparados para a possibilidade de
trabalhar por um candidato da legenda à sucessão da presidente Dilma Rousseff.
- Nós temos de construir nomes para a sucessão em 2014.
Temos vários, mas outros podem surgir.
Os peemedebistas, que já se movimentam para 2014, têm três
nomes neste momento. Um deles é o do vice Michel Temer (SP). Os outros são os
do ex-ministro Nelson Jobim (Defesa) e do governador do Rio, Sérgio Cabral.
Por trás dessa defesa da candidatura própria, há dois
recados do PMDB. Um, dirigido aos peemedebistas descontentes com a forma como
julgam estar sendo tratados pelo PT na aliança, com denúncias de corrupção nos
ministérios em que atuam. O outro recado é destinado à presidente Dilma
Rousseff, uma esfinge que o partido não consegue decifrar.
De acordo com dirigentes do PMDB, o que o partido hoje
pergunta é se Dilma é capaz de chefiar uma aliança como a que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva conduziu. Será Dilma uma parceira confiável para a
manutenção da aliança? Ou será preciso construir alternativas?
O PMDB tem queixas quanto ao peso do que seus dirigentes
chamam de "chicote do PT". O partido sempre reivindicou um lugar no
conselho político da presidente, para influenciar no dia a dia do governo. Mas
não conseguiu. Quis a divisão do governo em partes iguais, mas o PT não
aceitou.
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