quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Na ONU, Dilma pede por eliminação completa das armas nucleares Para presidente, desarmamento nuclear é fundamental para a segurança


A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (22) durante a reunião de Alto Nível sobre Segurança Nuclear na Organização das Nações Unidas, em Nova York, a eliminação completa do armamento nuclear mundial, e reafirmou a necessidade de reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que, segundo ela, dá legitimidade ao acúmulo de material atômico pelas grandes potências.

- Temos, sim, de avançar na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele tem sido baluarte da lógica do privilégio nuclear por mais de 65 anos, e legitima o acúmulo de material físsil nas potências nuclearmente armadas.


De acordo com a presidente, a posse dos arsenais por apenas algumas nações cria direitos exclusivos.

- A posse desses arsenais por apenas algumas nações cria para elas direitos exclusivos. É resquício de concepção assimétrica do mundo, formada no pós-guerra, que já deveríamos ter relegado ao passado.

A presidente defendeu ainda ser "imperativo ter no horizonte previsível a eliminação completa e irreversível das armas nucleares". Segundo ela, a ONU deve preocupar-se com isso.

- O desarmamento nuclear é fundamental para a segurança.

Dilma ressaltou ainda a condição "irreversível" do Brasil no uso pacífico da tecnologia nuclear, como para a geração de energia. O país, cuja matriz energética baseia-se majoritariamente no uso de hidrelétricas, possui duas usinas nucleares. Uma terceira está em construção.

Dilma defendeu ainda maior atenção em relação à segurança das usinas, especialmente após o acidente nuclear nas plantas de Fukushima, no Japão, causada por um forte terremoto seguido de tsunami, em março. O fato deu início a um amplo debate no país asiático e em outras nações sobre o futuro da geração de eletricidade por métodos nucleares.

Ela destacou ainda a deterioração no armazenamento e manuseio do acervo nuclear pelos países detentores dessa tecnologia, causada por cortes orçamentários decorrentes das crises financeiras dos últimos anos.

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